07 dezembro 2013

Radialista Amador Santos: Do Pioneirismo Radiofônico na radiofusão aos Cacarejos Sonoros nos Anos 30

Caro radionauta,

nos anos 30, na então Capital Federal, o Rio de Janeiro, teve o pioneirismo na locução esportiva: O locutor Amador Santos.
Segundo o livro "Bastidores do Rádio- Fragmentos do Rádio de Ontem e de Hoje", do radialista Renato Murce, Amador Santos narrava uma partida futebolística como se estivesse sentado e vendo uma óoera no Theatro Municipal, tal era a sobriedade.

Os clubes de futebol naquela época, através dos seus dirigentes ou "cartolas" achavam que as transmissões esportivas pelo rádio prejudicavam as bilheterias, pois naquela época os rádios não eram portáteis.Cabe relembrar que, naquele momento, dos anos 30/40, os rádios eram fixos em uma parte central da casa(geralmente a sala de estar) e tinha um caráter de status social já que eram muito caros.

Voltemos ao Amador. Certa vez, em mais uma PROIBIÇÃO dos clubes cariocas, Santos levou mais uma vez um "cartão vermelho" em São Januário. Naquele dia, ele irradiaria um Fla x Flu(o estádio do Maracanã ainda não existia). Como não esmorecia, o campo do Vasco da Gama era parcialmente fechado por prédios que davam brechas perto das casas que lá havia, de onde podia ter alguma fresta.. Ele, como bom brasileiro, deu o seu "jeitinho brasileiro": fez a transmissão trepado no poleiro de um galinheiro de uma daquelas casas. Entre ruídos estranhos e "cacarejos", aquele Fla x Flu, com certeza, não foi a mesma coisa. Após o "apito do juiz", deu o que falar. Foi um "bafafá".

A partir do fato Amador Santos narrar uma "peleja" trepado em um poleiro de galinheiro, os clubes modificaram a maneira como "olhavam" as estações radiofônicas esportivas. Todas as emissoras tiveram e puderam, enfim e em paz, obter acessos livres para trabalharem nos dias de jogos.

Um abraço radiofônico,

Isabela Guedes

Programa Radiofônico Balança, mas... Não Cai da Rádio Nacional- Estrelando:O Personagem Peladinho

Em 1950, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro lançou um programa humorístico chamado Balança... Mas não Cai, escrito por Max Nunes. Em um quadro do programa, havia um personagem que dava a dose certa para um típico torcedor de futebol: o personagem Peladinho.

O personagem Peladinho, interpretado por Germano Augusto, era um fanático torcedor do Flamengo, que na maioria dos esquetes soltava o seguinte bordão: "Mengo, tu é o maior!". A audiência fantástica que a Rádio Nacional tinha, reverberando tudo o que nela era veiculado, publicado, ajudou a popularizar o jargão "mengo" a feitura mais afetiva de tratar o clube da Gávea. Com esse termo, ajudou a ecoar nas arquibancadas, o incentivo ao clube rubro-negro carioca.

Agora, você, meu caro radionauta, ficará com 2 apresentações do Peladinho, cujo acervo é da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sendo que um dos programas, é o programa completo Balança... Mas Não Cai; já no segundo áudio, é só o personagem Peladinho contracenando com a voz da cantora Dalva de Oliveira.






Um abraço,   

Isabela Guedes

O Objetivo do Radiandro- 1º Tempo(45 minutos)

Olá, radionautas,

neste blog, procurarei pegar a historicidade das transmissões esportivas dos anos 30 aos anos 60(quando a televisão estava iniciando no Brasil), com os textos, áudios e vídeos que eu tenho e terei acessos  e mais tarde, em um "2º tempo", porei e divulgarei as transmissões esportivas contemporâneas.

Em um outro momento mais para frente, uma brecha será dada para quando eu escrever sobre a "contemporaneidade", fazendo uma comparação entre as Copas de 1950 a 2014.

Espero, antes de mais nada, que este mais novo recinto seja visto como MATERIAL DE PESQUISA para estudantes, curiosos, professores e profissionais na área de Comunicação Social. Quem quiser algum vídeo ou áudio, por gentileza, me passem um email para o mariaisabelaguedes@gmail.com.

Um abraço sonoro,

Isabela Guedes

06 dezembro 2013

É Festa na Escola de Rádio- 20 anos

Olá, radionautas,

é com muito orgulho(fui aluna de lá no curso de locução básica na turma de 2008), que eu divulgo os 20 anos da Escola de Rádio, atualmente, localizada na Rua Pedro Américo, 174, Catete. A Escola é dirigida por pessoas que sabem e fazem RÁDIO COM E POR AMOR: Ruy e Cris Jobim.

Ao marcar os 20 anos, nada melhor do que homenagear um mineiro de Ubá, flamenguista roxo, um radialista "desconhecido" do cancioneiro popular e bastante popular polivalente: Ari Barroso. 
Poucos sabem, mas, além de cantar Ari, narrava uma partida esportiva muito bem. Antes, bem antes de surgirem os sinais sonoros nas transmissões esportivas, Ari, para chamar a atenção do ouvinte, tocava uma gaitinha, quando alguém marcava um "tento".


No próximo dia 9 de dezembro, a partir das 19 horas, além da homenagem ao Ari Barroso(muito justa por sinal), terá interação com o público presente com o cantor e aluno da Escola de Rádio Eduardo Canto.

Para mostrar bem a importância de Ary Barroso no cenário esportivo, o "locutor da gaitinha", o Radiandro porá um áudio do próprio Ari narrando uma "peleja".


Fotos abaixo: Internet- Escola de Rádio





SERVIÇO:

20 anos da Escola de Rádio:
Data: 9 de dezembro de 2013
Hora: 19 horas
Local: Eco Som Studio- Rua Real Grandeza, 170
Cidade: Rio de Janeiro- RJ 
R$ 20(Na Escola de Rádio- tel 21 2225-5794)
R$ 60(No dia 9 de dezembro de 2013, Eco Som Studio)
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Um abraço radiofônico,
Isabela Guedes

05 dezembro 2013

A Felicidade bate em minha porta novamente- A "troca das válvulas" neste novo trabalho

Olá, caros radionautas,

Voltei. Voltei sim a escrever sobre o rádio esportivo e estou lançando um 4º blog.  Fiquei bastante afastada porquê me desmotivei pois não consegui ganhar um lucro que o Google Adsense teria que me ressarcir pelo Blog do Rádio Carioca. Infelizmente, não há uma pessoa física para me responder para que eu pudesse dizer que o Blog do Rádio Carioca nada mais do que era eu, a pessoa física que vos escrever Maria Isabela Guedes. Mas, não. Às vezes, a tecnologia atrapalha demais porquê não tenho a quem recorrer fisicamente(por gentileza, sem emails e sim um telefone qualquer). Por tudo isso, me desmotivou.

O quê me motivou novamente a escrever sobre o rádio foi após uma ida a um sebo no bairro do Catete, na Zona Sul carioca, um bairro histórico e ficar arrepiada com um livro que retratava a década de 40 quando não houve Copa do Mundo porcausa da 2ª Guerra Mundial(de 1939 a 1945). O autor desse livro é Roberto Sander chamado Anos 40- Viagem à Década sem Copa(2004).

No presente blog pretendo apresentar não só a continuidade histórica sobre o rádio esportivo carioca, nacional, assim como, limitar o período histórico, que para mim, Isabela, é a grande "Era de Ouro do Rádio" e reconhecidamente pouco estudada: dos anos 30 aos anos 60. Além disso, tentarei pretenciosamente fazer um paralelo com as 2 Copas do Mundo aqui no Brasil(1950 e 2014).

Deixarei, só para começar uma citação histórica de um dos "pais" do rádio no Brasil: Edgard Roquette Pinto sobre a importância do rádio para o indivíduo.

"O Rádio é a escola dos que não têm escola,
é o jornal de quem não sabe ler,
é o mestre de quem não pode ir à escola,
é o divertimento gratuito do pobre,
é o animador de novas esperanças,
o consolador dos enfermos e o guia dos sãos-
desde que realizem com espírito altruísta e elevado,
pela cultura dos que vivem em nossa terra,
pelo progresso do Brasil."



 PS: Neste blog, por ora, não pretendo ganhar dinheiro com o patrocínio do Google. Pus na minha cabeça que eu farei esse blog por PRAZER e não pela obrigação. ENFIM... 

Abraços radiofônicos,

Isabela Guedes